Se foi despedido ou teme perder o emprego, é fundamental conhecer os seus direitos como trabalhador. Em Portugal, a lei laboral protege os trabalhadores em situações de despedimento, garantindo compensações e procedimentos justos. Neste artigo, explicamos os principais direitos do trabalhador em caso de despedimento, e quando é aconselhável procurar um advogado especialista em direito do trabalho.
Modalidades de Cessação do Contrato de Trabalho (Artigo 340.º)
Antes de analisarmos os direitos em caso de despedimento, é importante entender as diferentes formas de cessação de um contrato de trabalho, conforme previsto no artigo 340.º do Código do Trabalho. A cessação pode ocorrer por:
- Caducidade – quando termina o prazo de um contrato a termo ou por morte do empregador singular.
- Revogação por acordo – quando empregador e trabalhador acordam terminar o contrato.
- Despedimento por iniciativa do empregador – pode ser com justa causa, por extinção do posto de trabalho, inadaptação, entre outros.
- Resolução pelo trabalhador com justa causa – o trabalhador termina o contrato por motivo grave imputável ao empregador.
- Denúncia do contrato pelo trabalhador – decisão unilateral do trabalhador, sem justa causa.
Nem todas estas formas dão direito a compensações ou subsídio de desemprego. Por isso, é fundamental compreender em que contexto o seu contrato foi cessado.
1. Direito à indemnização por despedimento
Um dos principais direitos do trabalhador em caso de despedimento é o direito a uma indemnização, sempre que o despedimento não seja com justa causa. O valor da indemnização depende do tipo de contrato, da antiguidade e da remuneração base do trabalhador.
Para contratos sem termo, a compensação segue critérios definidos no Código do Trabalho. No caso de despedimentos coletivos, por extinção do posto de trabalho ou inadaptação, o cálculo é diferente, mas o trabalhador tem sempre direito a receber uma compensação justa. O ideal é que um advogado de direito do trabalho verifique se o valor proposto pela empresa está conforme a lei.
2. Direito a aviso prévio ou compensação substitutiva
A empresa deve comunicar o despedimento com uma antecedência mínima, que varia consoante o tempo de serviço do trabalhador:
- 15 dias (até 1 ano de antiguidade)
- 30 dias (entre 1 e 5 anos)
- 60 dias (entre 5 e 10 anos)
- 75 dias (mais de 10 anos)
Se a entidade empregadora não cumprir este aviso prévio, o trabalhador tem direito a receber uma compensação equivalente ao período em falta.
3. Direito ao Subsídio de Desemprego
Se o despedimento for involuntário e cumprir os requisitos legais, o trabalhador pode solicitar o subsídio de desemprego junto da Segurança Social. Para isso, é necessário apresentar documentos que comprovem a cessação do contrato, como a declaração de situação de desemprego e o registo no centro de emprego.
Nos despedimentos por mútuo acordo, o trabalhador pode não ter direito a subsídio. Um advogado poderá avaliar se há alternativas mais vantajosas.
4. Direito a Contestação Legal
Se o trabalhador considerar que foi despedido injustamente ou sem o cumprimento dos procedimentos legais, tem o direito de impugnar o despedimento judicialmente. Existem prazos curtos para apresentar essa contestação (geralmente 60 dias após o despedimento), por isso é importante agir rapidamente.
Nestes casos, é essencial contar com o apoio de um advogado especializado em direito laboral, que poderá:
- Avaliar a legalidade do despedimento
- Reunir provas e documentação
- Representar o trabalhador em tribunal
Quando deve procurar um advogado de Direito do Trabalho?
Se está a passar por um processo de despedimento, ou se suspeita de irregularidades no procedimento da sua empresa, um advogado de direito do trabalho pode ser essencial para proteger os seus direitos.
A consulta com um especialista permite:
- Garantir que a indenização está correta
- Esclarecer se tem direito a subsídio de desemprego
- Agir rapidamente caso o despedimento seja ilegal
- Evitar assinar acordos que prejudiquem os seus interesses
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O despedimento é uma situação delicada, mas a lei portuguesa garante diversos direitos ao trabalhador. Conhecê-los é o primeiro passo para proteger a sua estabilidade financeira e o seu futuro profissional.
Se foi despedido ou está em risco de o ser, fale com um advogado de direito do trabalho antes de tomar qualquer decisão. Uma orientação jurídica especializada pode fazer toda a diferença.
Na Durães Advogados, acompanhamos de perto todas as atualizações legislativas e jurisprudenciais. Entre em contacto connosco para marcar uma consulta jurídica especializada e esclarecer todas as dúvidas.